"Eu defenderia até a morte algo em que acredito", diz Hamilton
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Em um vídeo divulgado no canal da Mercedes no YouTube, Lewis Hamilton faz uma retrospectiva sobre a sua última década com a equipe. Entre outras coisas, o heptacampeão fala muito sobre a sua luta pela igualdade.
"Mesmo que isso me mate"
Ao longo dos últimos anos, Hamilton tem se tornado cada vez mais defensor dos direitos humanos, especialmente em lugares onde os mesmos são violados. Em 2020, ele esteve fortemente envolvido com o movimento "Black Lives Matter". Hamilton conta no vídeo que aquele foi um ano importante para ele: "Um grande número de pessoas finalmente se levantando e dizendo que já estavam cansadas do que estava acontecendo ao redor do mundo. Este foi um ano realmente difícil porque eu tinha passado pelo esporte como a única pessoa negra em toda a minha carreira. Eu me lembro de vir para a primeira corrida usando uma camiseta 'Black Lives Matter', e eu me lembro de Seb ficar ao meu lado e se ajoelhar comigo. Nós lutamos juntos contra muitas causas diferentes. Eu era grato por Seb estar comigo".
No Grande Prêmio do Qatar, o britânico usou um capacete com um arco-íris para defender a comunidade LGBT+. De acordo com Hamilton, é bizarro que isso ainda seja necessário: "Para mim, não dá para entender como vivemos em uma época ainda onde existem tantos países ao redor do mundo, mas muitos problemas, particularmente nas questões dos direitos humanos no Oriente Médio. Direitos da mulher, direitos LGBT. Existem leis que restringem as pessoas de serem seus verdadeiros 'eus'. Eu sempre gostei de arriscar, e eu penso: 'eu vou fazer isso quer eles me joguem ou não na cadeia, eu não me importo com o que eles vão fazer'. Eu defenderia algo em que eu acredito, mesmo que isso me mate".